Publicidade médica nas redes sociais: o que é proibido pelo CFM, CFO e Anvisa

A publicidade médica nas redes sociais precisa seguir regras claras e rígidas, definidas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), CFO (Conselho Federal de Odontologia) e Anvisa. O objetivo dessas normas é proteger os pacientes e garantir a conduta ética de profissionais da saúde.

Divulgar tratamentos, imagens ou condições promocionais fora dessas diretrizes pode resultar em sanções éticas e legais. Por isso, profissionais e clínicas devem conhecer o que é proibido divulgar.

O que é proibido nas redes sociais?

A seguir, veja os principais pontos que não podem ser publicados, segundo os órgãos reguladores:

1. Antes e depois

É proibido postar imagens de pacientes com comparativos de “antes e depois”. Essa prática pode gerar falsas expectativas e configurar promessa de resultado.

2. Promessa de cura ou resultado garantido

Nenhum tratamento tem 100% de eficácia. Garantir resultado é propaganda enganosa e quebra o Código de Ética.

3. Procedimentos invasivos ao vivo

Cirurgias ou procedimentos estéticos invasivos não devem ser transmitidos ao vivo, mesmo com o consentimento do paciente.

4. Uso de imagem de pacientes sem autorização

Sempre que houver imagem de paciente, é necessário um termo de autorização por escrito, com finalidade específica.

5. Frases sensacionalistas

Expressões como “melhor da cidade” ou “número 1” não podem ser usadas. Elas representam autopromoção proibida e prática desleal.

6. Sorteios e descontos

Não se pode sortear procedimentos ou oferecer descontos e combos em serviços médicos. Isso pode caracterizar captação irregular de clientela.

Por que seguir essas regras?

As normas da publicidade médica nas redes sociais existem para:

  • Proteger o paciente, evitando manipulações ou expectativas irreais;
  • Preservar a ética profissional, impedindo a mercantilização da saúde;
  • Evitar penalidades, como processos éticos e suspensão do registro.

Como se comunicar nas redes sociais sem infringir regras?

Você pode divulgar conteúdos com segurança se seguir estas orientações:

  • Use linguagem educativa e técnica, sem promessas;
  • Não publique imagens de pacientes sem autorização;
  • Evite mencionar preços e condições de pagamento;
  • Aposte em posts informativos e neutros;
  • Consulte advogados especializados antes de publicar conteúdos sensíveis.

Quais são as consequências legais?

Quem desrespeita as normas pode enfrentar:

  • Abertura de processo ético no CRM ou CRO;
  • Multas administrativas;
  • Suspensão ou perda do registro profissional;
  • Ações judiciais por uso indevido de imagem ou propaganda enganosa.

A importância da assessoria jurídica

Ter presença digital é necessário, mas exige cautela. Médicos, dentistas e demais profissionais da saúde devem contar com orientação jurídica especializada para evitar riscos.

O escritório Costa Queiroz Advogados atua com foco em Direito Médico e da Saúde, oferecendo suporte completo para comunicação legal e preventiva.

📎 Leia também:

Manual de Publicidade Médica – CFM

Tags: publicidade médica, CFM, CFO, Anvisa, redes sociais, ética médica, direito médico, direito da saúde, publicidade médica nas redes sociais

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