Família ganha direito a indenização após mulher morrer por sucessivos erros médicos

Justiça acatou pedido da Defensoria Pública do Ceará. Paciente de 37 anos faleceu em 2019 com quadro de apendicite aguda

Uma família ganhou na Justiça o direito a uma indenização por danos morais de R$ 100 mil, a ser pago pela Prefeitura de Fortaleza, após sucessivos erros médicos em busca de diagnóstico e que culminaram na morte de uma mulher de 37 anos. A decisão atendeu ao pedido da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE)

Segundo a Defensoria, Antonia Veronilde Lima Pinto buscou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jangurussu, em 24 de fevereiro de 2019, sofrendo com diarreia, vômitos e dores abdominais intensas.

“Passaram uma medicação para dor e mandaram ela pra casa. Só que as dores não passaram e dois dias depois voltamos ao Hospital, dessa vez para o Frotinha da Messejana. Ela estava com febre e os mesmos sintomas da vez passada. Fizeram a mesma coisa, passaram remédio para dor e febre e mandaram a gente pra casa, nisso ela foi piorando”, explicou o marido de Veronilde, Jhonatan Venâncio, que a acompanhou no atendimento médico.

O casal buscou atendimento médico em outros locais, mas após 15 dias a paciente faleceu. Antes, ela foi transferida para o Hospital São José de Doenças Infecciosas, como se tivesse leptospirose. O diagnóstico correto, no entanto, era a de uma apendicite aguda. Veronilde chegou a ser operada, mas não resistiu.

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“O que acontece é que ela foi piorando até precisar de uma Unidade de Terapia Intensiva. Inclusive, esse pedido de transferência para um leito de UTI precisou ser feito pela Defensoria Pública, em um processo de urgência”, explicou o defensor público José Roberto da Rocha, responsável pela 14a Vara da Fazenda Pública, onde o processo tramitou. 

“Chegou a ser transferida para o Hospital São José de Doenças Infecciosas e lá realizaram exames de imagem, identificaram uma infecção por apendicite aguda, mas a unidade hospitalar não fazia esse tipo de cirurgia. A paciente foi novamente transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde faleceu”, contextualizou.

FAMÍLIA AGUARDA CUMPRIMENTO DA DECISÃO

O marido de Veronilde, que atualmente está desempregado e é responsável pelos cuidados do único filho do casal – uma criança autista de 12 anos, buscou o Núcleo de Atendimento e Petição Inicial da DPCE, em novembro de 2019. 

Em outubro de 2021, saiu a sentença condenando o município de Fortaleza a pagar o valor de R$ 100 mil, sendo R$ 40 mil ao marido e R$ 60 mil ao filho do casal. A Prefeitura recorreu da decisão, segundo a Defensoria, mas o Tribunal de Justiça manteve a decisão inicial. A família agora aguarda o cumprimento da sentença

Fonte: Diário do Nordeste

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